Fome de Sardinha

Werner Salles Bagett autor e diretor da média metragem História Brasileira da Infâmia, com duração de 55 minutos, propõe duas versões sobre a morte do primeiro bispo do Brasil. Segundo a História Brasileira, D. Pedro Fernandes Sardinha e outros 90 integrantes da sua comitiva, teriam sido devorados por índios Caetés em um ritual antropofágico, após ter naufragado no litoral alagoano.

No entanto, o documentário sugere conflitos entre as opiniões de historiadores, antropólogos, padres e populares. Alguns concordam com a “versão oficial” e outros desmistificam, acreditando que a causa da morte do bispo, foi um grande interesse político e econômico entre o governo e o clero da igreja.

 Alguns especialistas especularam que, nesse momento histórico, os índios eram vistos como “animais”, isso acontecia, por não terem uma cultura no qual a igreja sugeria na época, por esse motivo, até hoje são acusados de terem assassinado Fernandes Sardinha.

Em uma das cenas, são apresentadas as conseqüências sociais que foram causadas por essa história. Entre as imagens exibidas, mostra o MST (Movimento Sem Terra), considerado uma das vítimas dos tempos coloniais que, por conta das tomadas de terras, são conhecidos nos dias atuais como os sem terra. Então, vale apena assistir e questionar os argumentos propostos nesse vídeo, pois, o homem que não conhece a sua história está condenado a repeti- lá para sempre.

Recontando a Arte

Aula sobre a história da arte  (Foto: Bruna Coelho)

Bruna Coelho

 
       A professora do CESMAC e arquiteta Socorro  Lamenha, reconta a história da arte oferecendo um curso gratuito no Centro de Belas Artes de Alagoas (Cenart). Com a duração de um ano, foi oferecida uma aula por semana,  sendo quatro turmas nos períodos de manhã e tarde,  incluindo certificado no termino da atividade. Para os que se interessaram, as aulas estão sendo realizadas todos os dias úteis da semana.

Socorro Lamenha conta que, suas atividades no Cenart se iniciaram como coordenadora pedagógica, e neste ano de 2011 recebeu o convite para ministrar aulas sobre a História da Arte. A professora disse também, que o número e a diversidade de alunos surpreenderam a todos, e por conta desse resultado, os números de vagas se estenderam de 30 para 40. O trabalho é voluntário, e por ser apaixonada pela arte “ter se doado para essas aulas vem sendo satisfatório na vida pessoal e profissional” afirmou Socorro Lamenha.

 Um dos seus alunos, Kleber Bezerra, professor de história da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) comentou que, além da arte ser a expressão do homem enquanto ser social, a aula está acrescentando para a melhoria do seu conhecimento enquanto educador.

 Entretanto, o comportamento do homem e as causas sociais são os reflexos mais marcantes no mundo das artes, contudo, recontá-la é resgatar a história da humanidade diante da modernização.

Sapere Aude!

“A menoridade é a incapacidade de fazer uso do entendimento sem a direção de outro indivíduo. Por tanto, só resta ao homem o esclarecimento".

Immanuel Kant discute o tema "maioridade e menoridade" que, quer dizer ousa saber do seu próprio conhecimento (Sapere Aude). Contudo, destaca o quanto é difícil à maioridade absoluta, pois, estamos cercados de informações por todos os lados, e tão habituados por elas que acaba acomodando o indivíduo, fazendo dele incapaz de fazer uso do seu próprio esclarecimento (Aufklãrung). O sistema gerou uma situação de comodidade na sociedade, como Kant diz: "não tenho necessidade de pensar quanto posso simplesmente pagar, outros se encarregam em meu lugar dos negócios desagradáveis".

  Bruna Coelho.

Uma analise a “Revista do Brasil”

Edição 60- Junho de 2011 (Foto: Divulgação)

Bruna Coelho

   

Lisonjeador é a palavra adequada ao se referir a “Revista do Brasil”.  Com o  seu editorial completamente diferenciado das demais revistas, são abordados os assuntos que envolvem: o homem, o trabalho e o meio social, discussões essas que aguçam a visão crítica do leitor.

Ao contrário de muitas revistas, sua política editorial é de perspectiva socialista, colocando em primeiro lugar a condição digna do homem no ambiente social e humano. Em suas manchetes e matérias encontramos histórias interessantes, podendo se deparar com personagens entre artistas e operários que, conta suas histórias como exemplo de luta e conquista no espaço cultural.

Sua didática oferece uma linguagem acessível a qualquer público, contudo, esse é o grande diferencial entre os demais veículos de comunicação no campo do impresso que, ao contrário da “Revista do Brasil”, outras revistas mantém vocabulários cheios de “jargões” e termos acadêmicos, no entanto, dificultando a compreensão do receptor. 

É satisfatório saber que, ainda existem veículos que propõe discussões desse nível, pois, com o mundo globalizado e a fragmentação do mercado, os valores e interesses humanos desapareceram, porém, tudo que estar ao redor do sistema foi corrompido por ele, principalmente os meios de comunicação.

Entretanto, para que venha acontecer uma revolução mental em sua totalidade é necessário que seja explorado cada vez mais conteúdos desse patamar, pois, a ignorância custa a sua vida no capitalismo, exemplo disso, seria a exploração do homem pelo homem.

Sua Mata, Sua Casa.

Bruna Coelho

Exposição "Sua Mata, Sua Casa" (Foto: Bruna Coelho)

A exposição “Sua Mata, Sua Casa” marca 25 anos de Fundação SOS Mata Atlântica e tem por objetivo conscientizar a população sobre a importância de cultivar hábitos saudáveis e preservar o meio ambiente. Para Nataniel Filho, monitor da exposição, determinados materiais, como: garrafas pet, cd, papel e entre outros, que as pessoas jogam no lixo e que podem ser reciclados, serviu como ideia ao projeto, que transformou resíduos em decorações para casa, como por exemplo: cadeiras, cortinas, jarros e tantos outros.

Instalada desde o último dia 11 de março, a exposição foi visitada até o dia 30, no Maceió Shopping, sendo aberta ao público, o projeto buscou sensibilizar a população em geral e divulgar o sinal de alerta às consequências dos impactos ambientais provocados pelo homem.

A professora da UFAL, Lilian Carmen Lima, que passava no local do evento em atividade acadêmica com seus alunos, aprovou a iniciativa do projeto e falou da importância de incentivar os jovens, principalmente estudantes, contudo, “é preciso se informar para informar e formar comunidades”, afirmou a professora.

Entre os destaques apresentados na exposição, está o incentivo ao uso da bicicleta como transporte em substituição aos veículos motorizados, fazendo do trânsito um dos responsáveis pelo grande índice de poluição ao meio ambiente. “Sua Mata, sua Casa” mostra que é necessário ter consciência e atitude para mobilizar a população e lembrá-la que, a sua casa, para manter-se limpa, depende de você. O Planeta agradece.